quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

[Review] Indicados ao Oscar: Clube de Compras Dallas – “Dallas Buyers Club”

A temporada de premiações já começou, e um dos filmes que vem chamando a atenção e, inclusive, está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme é o “Dalla Buyers Club” (Clube de Compras Dallas), que traz interpretações memoráveis e dignas de prêmios (alguns já ganhos), de Jared Leto (disputa o Oscar de Ator Coadjuvante),  na pele do travesti Rayon, e de Matthew McConaughey (concorre na categoria Melhor Ator no Oscar), na pele de Ron Woodroof.

O longa, dirigido por Jean-Marc Vailée, se passa no inicio dos anos 1980, quando começou a ocorrer a epidemia da AIDS. Na época, a doença era associada a homossexualidade e uso de drogas e o FDA, órgão do governo dos Estados Unidos responsável pela liberação e testes de novos medicamentos, começava um experimento com a droga AZT. No início, o remédio se mostra como a esperança para os soropositivo, porém, com o tempo começa a ser provado que o medicamento pode complicar a doença, já que mata todas as células da vítima.

E é nesse contexto caótico que acontece a história real de Ron Woodroof, um eletricista,  canastrão, homofóbico, heterossexual, diagnosticado com AIDS e com apenas 30 dias de vida. Com a descoberta da doença, Woodroof resolve ter um propósito na vida e começa a buscar alternativas para o seu tratamento, buscando remédios que eram, até então proibidos no país.


O filme mostra ao público a história do “Clube de Compras Dallas”, que foi criado por Woodroof para os doentes, que não conseguiam ajuda do governo, terem uma opção para tentar amenizar a doença.

Durante essa jornada, Woodroof conhece Rayon, um travesti que vira seu sócio e que também possui a doença; ele passa a ser o melhor amigo de Ron e faz com ele enxergue a vida de um outro modo.

Mesmo com uma história pesada, o filme trata a doença de uma forma leve, mas sem estereótipos, e com a pitada de seriedade necessária. Jared Leto está impecável na pele de um travesti que tem carisma e bom humor na medida certa. McConaughey também merece aplausos por sua interpretação, ele está perfeito, longe daqueles personagens já conhecidos de comédias românticas. A mudança física dos dois bonitões, que aparecem praticamente irreconhecíveis por conta da magreza, ajudou bastante na composição dos personagens.


É um filme que vale a pena ver, pela história, pelas interpretações, pelo choque de saber como era o tratamento de HIV naquela época, enfim, por tudo. A minha única critica é que de uma certa forma, sem spoilers, o filme termina abruptamente, mas não deixa o público sem saber o que acontece com os personagens principais. 

O filme foi lançado nos Estados Unidos no dia 06 de dezembro de 2013 e chega ao Brasil no dia 21 de fevereiro.

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